O município de Cuité inaugurou, nesta quarta-feira (10), o Polo do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora da 4ª Região. O serviço faz parte da Proteção Social Especial de Alta Complexidade da Secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado da Paraíba e tem como objetivo capacitar famílias para acolher temporariamente crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade ou com direitos violados. O Polo de Cuité atenderá 12 municípios.
O prefeito de Cuité, Caio Camaraense, falou sobre a importância desse serviço. “A instalação do Polo do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora em Cuité é um avanço para toda a 4ª Região. Esse trabalho vai garantir que crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade tenham um lar temporário mais humanizado. Vamos continuar fortalecendo políticas públicas que protejam a infância e deem suporte às famílias acolhedoras, para que esse cuidado seja feito com responsabilidade e carinho”, destacou.
O acolhimento ocorre por determinação judicial e visa garantir um ambiente seguro até que seja possível o retorno à família de origem ou, em casos específicos, o encaminhamento para adoção. A unidade conta com uma equipe técnica formada por psicóloga, psicopedagoga e assistente social, além de quatro profissionais capacitados para orientar as famílias. O Polo está sediado na Rua 17 de Julho, nº 221, próximo à PB Net.
Durante a solenidade, compuseram a mesa de honra a chefe de gabinete da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH), Mikaele Batista; o prefeito de Cuité, Caio Camaraense; o representante do Tribunal de Justiça da Paraíba, Thomaz Mota; a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA-PB), Marília França; e a representante do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (COEGEMAS), Nayara Moraes.
O evento também contou com a presença dos prefeitos Raniere Ferreira (Picuí), Sebastião Pinto Dantas (Frei Martinho) e Antônio de Orlando (Nova Palmeira), além de autoridades municipais e estaduais, entre elas a coordenadora do Serviço de Acolhimento Familiar, Deborah Santos; a gerente operacional da Alta Complexidade, Roberta Pires; secretários de cidades da região e representantes de programas estaduais como o Paraíba que Acolhe e Primeira Infância. Conselheiros tutelares e equipes dos CREAS regionais de Barra de Santa Rosa e São Vicente do Seridó também participaram.
Como se voluntariar – Para se tornar uma família acolhedora, é necessário preencher requisitos como não ter antecedentes criminais, possuir condições sociais e emocionais adequadas, além de disponibilidade de tempo. As inscrições podem ser feitas online, pelo site do Governo do Estado; presencialmente, no polo da região ou através de representantes que ficarão em cada município. Após entrevistas, visitas e capacitações, é avaliado se a família está apta para receber a criança ou adolescente.
O acolhimento não é um processo de adoção. Cada família acolhe apenas uma criança por vez, podendo receber irmãos caso haja demanda e interesse para isso. O tempo de acolhimento pode durar até 18 meses, conforme decisão judicial. A iniciativa busca reduzir traumas e preservar vínculos afetivos, oferecendo um ambiente mais humanizado do que o institucional.
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